Para começar, é rico em vitaminas A e C. A dupla é responsável pela vida longa, isso porque a vitamina A tem ação antioxidante, responsável pelo combate aos radicais livres, que aceleram o envelhecimento. Já a vitamina C promove hidroxilação do colágeno – proteína fibrilar que proporciona resistência aos ossos, dentes, tendões e vasos sanguíneos, além de também ser um ótimo antioxidante.
Os benefícios do alimento não param por aí. Estão presentes também:
Sódio e o magnésio: que ajudam em algumas funções do organismo, como na contração muscular.
Cálcio: que participa da formação e manutenção dos ossos e na coagulação sanguínea.
Folato (também conhecido como vitamina B9): para as funções metabólicas.
Potássio: que faz o balanço e a distribuição da água no organismo.
O benéfico licopeno
Para completar os nutrientes do tomate, há ainda o licopeno, uma substância que dá cor ao fruto, mas que também oferece benefícios ao sistema imunológico. “O licopeno é eficiente na prevenção de algumas doenças e no fortalecimento do sistema imunológico, protegendo assim o envelhecimento das células”, diz Rosana Cardoso, nutricionista do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE).
Além disso, o licopeno traz benefícios para pacientes com problemas cardiovasculares e alguns tipos de câncer, como os de esôfago, de fígado, de próstata, de cólon e de reto. Cientistas da Universidade Nacional Chung Hsing, em Taiwan, concluíram em 2008 os testes em animais que comprovam boa ação do tomate no organismo. Os pesquisadores provocaram, de propósito, câncer de fígado, igual ao que acomete os seres humanos. O nutriente barrou a metástase, impedindo assim que as células cancerosas se espalhassem pelo corpo. Isso ocorre porque, quando absorvido pelo organismo, o licopeno impede e repara os danos que os radicais livres causam às células.
Boa escolha
Como em qualquer alimento, antes de comprar o tomate é importante verificar a qualidade do fruto. “Para começar, devemos observar o aspecto do fruto: cor e o odor. Deve estar firme, sem partes moles e escuras. Prefira pegar sempre os mais vermelhos, pois estão mais maduros e com maior concentração dos nutrientes”, ensina a nutricionista.
A quantidade de licopeno em produtos processados (molhos, polpas, purês, extratos, massas, sucos e ketchup) é geralmente maior que a encontrada em alimentos crus
Apesar de ser utilizado em diversos pratos e estar presente nas feiras o ano inteiro, a melhor época para comprar o fruto fresco e com sabor mais concentrado é entre os meses de janeiro e maio. Outro fator para o qual as pessoas devem ficar atentas é com a lavagem para tirar resíduos de agrotóxico, utilizado na plantação desse alimento. O risco para a saúde não é imediato, mas os danos causados pelo consumo a longo prazo precisam ser levados em consideração.
Tomates escolhidos e lavados: é hora de guardá-los e prepará-los.
Em casa deve-se higienizar adequadamente o fruto e secá-lo antes de armazená-lo. A exposição à alta temperatura favorece o amadurecimento, o que pode diminuir o tempo de vida útil do alimento. Para o tomate maduro, o ideal é conservá-lo em geladeira na temperatura de 7 a 10º C.
Na hora do consumo, ao contrário do que muitos acreditam, o cozimento de alimentos ricos em licopeno resulta em perda mínima dessa substância. “A quantidade de licopeno em produtos processados (molhos, polpas, purês, extratos, massas, sucos e ketchup) é geralmente maior que a encontrada em alimentos crus”, explica Rosana.
Grande diversidade
Há cerca de 15 anos, bastava chegar à feira e pedir a quantidade desejada de tomate. Hoje não é tão simples assim. Segundo a Associação Brasileira de Horticultura, o Brasil produz atualmente nove tipos de tomates comestíveis. Não existe grande diferença nutricional entre as variedades do fruto.
Conheça os quatro tipos mais consumidos pelos brasileiros.
Santa Clara: conhecido também como híbrido do Santa Cruz ou Débora, essa é variedade mais comum e de baixo custo. Na culinária, é usado para saladas e molhos.
Caqui: de tamanho maior e consistência mais firme, é ideal para uso em saladas e lanches.
Italiano ou Saladette: de formato mais comprido, é comercializado bem maduro e utilizado principalmente em molhos.
Cereja: essa variedade é pequenina e ideal para saladas e aperitivos